Depoimentos

“Moro em Uberlândia e viajei pra Belo Horizonte especialmente para participar do curso ES.PE.RE. Foi uma coisa maravilhosa! O deslocamento é grande, é dispendioso mas pude ver que, mesmo aos 66 anos, ainda dá tempo de me tornar uma pessoa melhor. Eu tive algumas feridas no tempo de criança e, depois algumas perdas ao longo da vida, mas o curso lavou a minha alma! Aprendi que perdoar é mergulhar na miséria do outro – porque nós também somos miseráveis. Assim, passei a olhar a vida com outros olhos, evito o julgamento precipitado, tenho mais compaixão para com o outro. Quero muito que o curso seja um dia realizado em minha cidade”.
Zenith Borges
assistente social, moradora de Uberlândia
“O Curso de Perdão e Reconciliação teve grande contribuição para a minha vida, pois os encontros foram preparados com riqueza de detalhes e uma simbologia marcante. As facilitadoras são pessoas iluminadas, que se deixaram falar pelo Espirito Santo de Deus e, com grande experiência de vida, me marcaram com palavras sábias, oportunas, sempre com humildade e afeto. Agradeço muito pela mudança proporcionada em minha vida. Contribuiu para o meu crescimento como pessoa, onde me deixei tocar profundamente pela minha fé e experiência com DEUS. Transformou, essencialmente, a experiência de perdão que posso compartilhar em minha vida”.
Shirlem Aparecida de Faria
“Considero que, no curso da ESPERE, podemos vivenciar e interiorizar os ensinamentos propostos. A simplicidade, a dedicação, o empenho das coordenadoras são ferramentas-chave para o aprimoramento pessoal dos participantes. Tento sempre divulgá-lo.
A T H
“Ao participar dos encontros da ESPERE, ampliei minha visão sobre o perdão. Pude entender que apesar de ser um processo bem difícil, ele se torna possível. O desejo de perdoar aliado às ferramentas apresentadas no curso facilita esta tomada de decisão”.
Angela Almeida
“Meu nome é Junio Silva, tenho 33 anos e tive a feliz oportunidade de participar das reuniões do grupo ESPERE por dois anos na APAC de Nova Lima. O trabalho desse grupo foi de suma importância para minha vida, pois me encontrava com várias feridas e mágoas no meu interior. Em cada reunião, a ESPERE trabalhava um tema importante para a reconstrução do meu EU. Ensinamentos como resiliência, amor, ética, respeito, compaixão e perdão eram incutidos na gente e, a cada reunião, eu me tornava uma pessoa melhor. Com isso, o meio em que eu vivia ficava melhor ainda. Eu realmente posso falar que aprendi a importância de fazer pontes nos relacionamentos interpessoais para reconciliar e perdoar possíveis mágoas. Pontes que haviam sido rompidas por atitudes impensadas que tomei ao longo da minha vida. Pude pedir perdão para minha família por ter causado dor e sofrimento, tive coragem de pedir perdão a minha filha por ter ficado dez anos longe dela. De todos os encontros que participei, o mais importante foi o que as “meninas” da ESPERE me conduziram pela ponte do perdão, quando pude me perdoar por todo sofrimento que eu havia causado a mim mesmo. Eu nunca tinha parado e pensado nisso! Eu sempre tive tudo o que quis. Comecei a trabalhar com 11 anos de idade, estudei, morei sozinho; não tive a oportunidade de ser criado por minha mãe mas, mesmo assim, lutava para ser alguém na vida. Quando completei meus 18 anos, servi Exército. Depois fui trabalhar com um Deputado, me casei e trabalhei na Guarda Municipal de Belo Horizonte. Tinha uma vida relativamente boa e era totalmente independente. Até que, num dado momento, tudo desabou: o casamento acabou, fiquei desempregado e acabei cometendo alguns crimes que me fizeram ficar preso por 10 anos. Eu nunca me perdoava por tudo isso, por ter feito pessoas sofrerem, por terem tido seu espaço e seus direitos violados, por ter quebrado as leis da sociedade. Eu, que sempre quis ser alguém… Eu não tinha me perdoado por ter me colocado atrás das grades e perder o bem mais precioso que nós seres humanos temos: a “Liberdade”. Após dois anos participando das reuniões do Grupo ESPERE, eu pude me perdoar e me tornar uma pessoa livre, livre de espírito, livre mentalmente, emocionalmente e ainda me reconstruir interiormente para começar tudo novamente e retornar à sociedade como um ser humano melhor. Hoje, eu tenho vergonha das coisas ruins que fiz. Muito obrigado pelo trabalho que fazem na vida das pessoas, E, acima de tudo, por se preocuparem com os que estão atrás das grades; pessoas que precisam realmente de ajuda, que precisam de conhecer os ensinamentos que vocês têm para passar, fomentando assim a possibilidade de retornarem para o âmbito social prontos para viver e não mais ferir o direito do próximo.”
Junio Silva
recuperando da APAC de Nova Lima